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No calor da noite dos dias 06 e 07 de abril de 2021, o admirável professor Pablo Aquino nos proporciona um encontro realizado virtualmente, o que não dificulta a magnitude do mesmo. Traz como tema “Personalidade em Logoterapia e Análise Existencial”, referente ao oitavo módulo do curso de Formação Clínica em Logoterapia e Análise Existencial, oferecido pela Casa do Sentido. Assim, nos oportunizando um espaço de elucubrações e trocas.

As discursões traçadas em reuniões me concebe semelhanças entre as teorias apresentadas com a escuridão de uma casa. Para deixar claro, quando me refiro a escuridão não estou interpretando como algo obscuro, triste ou sombrio, mas sim como sinônimo de algo que está no interior sem acesso breve, ou o que está por vir mesmo não conseguindo ser visualizado rapidamente. Deste modo, assemelho essas afinidades relacionando diretamente com experiências de vida que são dotadas de sentidos.

Por tais sentimentos despertados, torna-se possível refletir e questionar criticamente acerca dos conceitos pré - definidos então construídos ao logo do tempo pelo senso comum. Pois, compreendo que ao desdobrar da existência humana desenhamos o que podemos denominar de subjetividade, tendo em consideração momentos, sofrimentos, percepções, decepções, alegrias e tristezas.

Dessa maneira, compreendemos que somos indivíduos biológicos, psicológicos e espirituais, que apesar de sermos únicos não somos isolados, que podemos até usarmos uma fachada, forma ou organização semelhante a do outro, porém no nosso interior somos seres únicos e novos, somos Eu. Até podem nos olhar de certos ângulos e nos confundir com tamanha semelhança, mas a essência do ser existente encontra-se na penumbra do interior. Portanto, afirma-se que a compreensão, a dimensão, a liberdade e a escolha está em qualquer circunstância e organização da casa, do modo do ser, enquanto sujeito no processo de tornar-se pessoa. É fato que estamos compenetrados no outro, no vizinho mais próximo, assim como no mais distante, na terra do território e suas conjunturas, sendo facilitadores da unidade e da totalidade.

Desta maneira, vale salientar que algumas casas apresentam dentro de si mesma uma estrutura singular que podemos até ler como “transtornos de personalidade”. Porém, arquitetos como a visão da Logoterapia nos impossibilitam de resumir a casa ou o ser somente a partir de aspectos como este, e nos permite perceber o outro fadado a unidade e a totalidade sincronicamente.

Tendo isso claro, posso dizer que antes as casas deviam ter uma forma especifica de ser e que ao longo do amadurecimento de questões como essas é possível perceber que apesar de destemidos esforços a beleza encontra-se em locais que não possuem fácil acesso da casa, ou do ser.

Assim, me atrevo a dizer que após esses encontros me sinto particularmente sendo construída e afetada por pequenos tijolinhos que constroem interações como estas. Desejo intimamente que essa construção aconteça de forma constante. Então, me permito a refletir nesse momento o valor de cada tijolo, daí percebo que o valor de cada utensílio da minha casa está pautada no sentido de cada vivencia.