glória


A aula do módulo de Diálogo Entre Correntes Psicológicas e Logoterapia foi realizada nos dias 8 e 9 de março de 2021, ministrada pelo professor Fábio Abagabir, organizando os conteúdos de forma a revisar diferentes conceitos de abordagens da Psicologia a fim de evidenciar as potencialidades do diálogo entre correntes.

A apresentação do professor Fábio trouxe a sensação bastante confortável de que uma série de técnicas pertinentes a abordagens específicas podem ser usadas quando construímos uma relação com o outro de forma acolhedora e verdadeira. A partir das diferenças é possível construir o lugar do terapeuta e, desse lugar, utilizando a visão de mundo e a compreensão da pessoa em Logoterapia é viável integrar diferentes técnicas voltadas para a necessidade de cada cliente. Ficou bastante claro que não existe ecletismo e sim um lugar de onde o terapeuta escuta a necessidade do cliente a partir da visão antropológica da Logoterapia, e faz escolhas das técnicas mais eficientes para trabalhar a angústia e o sofrimento de seu cliente. Dessa forma, a partir da minha experiência profissional com diferentes técnicas, ficou bastante claro que é possível integrá-las tendo como ponto de partida uma escuta, com base sólida, no referencial de Viktor Frankl para que a condução do processo terapêutico seja, de fato, eficiente.

Foi fundamental a organização dos conteúdos apresentados e a compreensão do que é diálogo versus ecletismo teórico, como também a revisão de diferentes conceitos de correntes e abordagens em Psicologia, com destaque para a TCC, a ACT, a Psicologia Positiva, exemplificando possíveis maneiras de diálogos.

A aula ministrada pelo professor Fábio superou minha expectativa que, a princípio, resumia-se à exposição dos referenciais teóricos de abordagens específicas. Na verdade, foi possível compreender que é viável transitar entre diferentes técnicas e possibilitar a integração das mesmas para atender as necessidades do cliente. O conhecimento demonstrado pelo professor acerca dos pontos positivos e limites de cada abordagem, bem como a sua facilidade de transitar entre as mesmas, foi, de fato, surpreendente. Além disso, a interação com os colegas confirmou o interesse de cada um de nós em aprender a utilizar nossos conhecimentos técnicos anteriores e fazer uma leitura e integração dos mesmos à luz da Logoterapia.

            Um ponto fundamental que me chamou atenção foi a liberdade do terapeuta em decidir com responsabilidade a escolha das melhores técnicas a serem utilizadas a partir da compreensão da angústia e do sofrimento do cliente à luz dos princípios antropológicos da Logoterapia.

            Vindo de encontro a isso, o texto apresentado pelo professor, de Cora Coralina, destaca mais uma vez, que o mais importante é ter coragem e subsídios para decidir apesar da incerteza da vida. "Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a eu decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é decidir."

            Finalmente, foi importante o professor ter reafirmado que cada cliente traz, dentro de si, os recursos para sua própria cura, e que essa cura acontece no encontro entre duas pessoas, considerando o que há de mais humano entre terapeuta e cliente.